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Coaching de Carreira na visão de um coachee (cliente)

Desde que comecei meu processo de Coaching, essa é uma das perguntas que mais ouço! Não culpo quem me pergunta. A verdade é que antes de começar o processo, eu achava que entendia o que era Coaching. Mas só depois de ter passado por ele que percebi o quanto o processo é rico, especial e poderoso. Fui desafiada a tentar explicar (agora do ponto do vista de uma ex-coachee) o que é, afinal, o Coaching.

Antes de falar de coaching é preciso contextualizar!

Eu sempre gostei de planejar, acredito firmemente que ter um plano é o melhor que você pode fazer em todas as ocasiões. Eu já fiz inúmeras coisas que foram chamadas de loucuras, por quem não estava a par da história. Mas a verdade é que sempre havia um plano.

A diferença é que o plano não estava lá para ser seguido a risca, estava lá para servir de guia. Planejar requer reflexão, pesar prós e contras, encontrar pontos de risco e o mais importante, não importa o quanto você desvie o caminho, o plano tem um objetivo final e é para ele que você está olhando.

Pois é, eu sempre tive um plano, até que chegou o dia em que eu me vi olhando as mesmas páginas de busca na internet por semanas, sem ser capaz de dizer para mim mesma qual era o plano agora.

O que me levou a fazer um processo de coaching de carreira?

Minha situação era a seguinte: eu estava me mudando para a França para acompanhar meu marido. Eu poderia trabalhar ou não e eu teria a oportunidade de fazer qualquer curso que eu quisesse.

O grande desafio era ter que lidar agora com as questões que eu evitei por muito tempo: o que afinal meu coração queria? Será que eu estava no ramo certo ou tinha deixado meu trabalho influenciar minhas escolhas? Será que eu gostaria de continuar sendo empresária (pode parecer glamuroso, mas ter uma pequena empresa é trabalho duro!)?

Será que eu me adaptaria trabalhando para alguém? Por que me importava tanto que meu trabalho tivesse um propósito, uma contribuição positiva na sociedade? Na minha cabeça apenas uma coisa estava muito clara, eu teria uma chance única e eu não podia desperdiçá-la.

As perguntas eram muitas e eu honestamente me sentia incapaz de respondê-las. Eu já tinha estado nesse ponto antes, o sentimento de decepção, quando me perguntavam: “qual é sua missão, seus valores, onde você estará em 5 anos?”. Aquela sensação de que eu deveria saber, até perceber que a frustração na verdade vinha do fato de que eu queria saber responder.

Assim como todo mundo (acho), pois se não fosse assim, as pessoas não estariam a cada dia mais buscando a sua própria essência, tentando encontrar seu propósito no mundo.

Minha busca por ajuda profissional…

Foi então que entrou o Coaching. E eu na verdade contei essa história toda, porque existe uma dificuldade enorme de definir “o que é Coaching”, “o que acontece em um processo de Coaching?” (também é possível que eu tenha dificuldade de sintetizar ideias).

Voltando à minha frustrada pessoa, eu pensei o que a minha geração pensaria, “E agora? Quem poderá me defender?”. E nós chegamos assim, ao ponto chave, um terapeuta não poderia me ajudar. Não é o seu ramo de trabalho, embora seja um pouco. Um consultor não poderia me ajudar. Porque também não é seu ramo de trabalho, embora seja um pouco.

Eu precisava de alguém que me fizesse descobrir essas respostas. É um olhar pro futuro, não é como a terapia. E também não queria que alguém simplesmente me dissesse o que fazer, como na consultoria.

A ajuda que eu precisava era um pouco de cada coisa. Um pouco terapeuta para entender: “quais são meus valores e princípios, e porque eu acredito nas coisas que eu acredito; O que eu quero mudar e o que eu quero manter”. Bem como um pouco consultor, para definir como tudo isso acontece, qual o processo de fazer uma pessoa ver as respostas com seus próprios olhos, escutar seu coração.

E quem sabe também um pouco mentor, ajudando com a suas experiências. Em outras palavras, um Coach! E essa foi a forma mais fácil que eu encontrei para dizer o que faz esse profissional. Que faz, na verdade um pouco de tudo, de forma única.

Finalmente, o coaching entrou na minha vida!

Coaching vem do inglês e significa treinamento, que é por sua vez o processo de aquisição de conhecimentos, habilidades e competências, que são justamente o produto do processo. A diferença no Coaching, é que adquirir tudo isso depende de você!

Não vai ser lhe dado sem esforço, não é compra de respostas pra vida. É um processo de exploração (quem eu sou), de expansão (quem eu quero ser), de autoconhecimento (o que eu ja possuo e o que preciso adquirir) e autodesenvolvimento (que estratégia usar). A intenção é ajudar cada um a detectar seu significado único, seu valor no mundo, ou poderíamos dizer, sua essência, seu propósito.

É como viajar pelo mundo. Eu não conheço uma só pessoa que diga que não gostaria de viajar e ver o mundo. Viver essa enorme aventura que nos expõe a outras formas de pensar, de enxergar novas culturas, novos povos e a nós mesmos.

Ainda assim, eu diria que o grande produto de uma viagem como essa são as perguntas que aprendemos a fazer: “o que está dentro de nós e faz de nós quem somos? O que nos move?”. Se sabemos consciente ou inconscientemente que nós somos os únicos responsáveis por nossa felicidade, e deveríamos estar a todo o tempo no controle de nossas vidas, por que é tão difícil colocar isso em prática?

Coaching é se autoresponsabilizar por suas escolhas e consequências

Existe um limite de tempo para colocar a responsabilidade de nossas escolhas em nossos pais ou outras pessoas. É preciso “pegar as rédias” da sua própria vida.

A princípio, pode parecer intenso demais, e até longe de nós. Mas no fundo, embora seja um processo intenso, ele não é reservado para um certo tipo de pessoa, ou um certo motivo. Depois de um processo de Coaching, você vai ficar mais confortável consigo mesmo, sendo quem você é!

Vai perceber, que qualquer habilidade pode ser aprendida dependendo da quantidade de esforço que você dedica. Assim como, crenças e hábitos podem ser mudados. Vai deixar de ter medo do futuro, pois você adquiriu duas armas poderosas, autoconhecimento e  proatividade. Não ser levado por pessoas ou circunstâncias, mas tomar suas decisões consciente e com clareza.

No entanto, Coaching não é linha de currículo. Faça quando for seu momento de fazer, e não se preocupe, seu coração vai saber!

Escrito por Larissa Karan – Coachee de carreira.

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