A acomodação na carreira é um dos problemas mais presentes nos colaboradores de qualquer empresa e um dos fatores que mais afetam os resultados da organização. Um ambiente de estagnação e conformismo não será capaz de responder aos desafios e constantes mudanças que o mundo atual oferece. Apesar destes enormes impactos, muitos profissionais, líderes e empreendedores não percebem a acomodação no ambiente de trabalho pois ela se disfarça de diversas formas.
Segundo Jim Collins, autor do livro “Como caem os grandes”, a acomodação se parece como uma doença que no princípio é mais difícil de ser identificada porém possui um tratamento muito mais simples e eficaz. Porém, conforme a doença da acomodação avança, ela se torna cada vez mais visível e fácil de ser detectada enquanto que sua cura fica muito mais distante.
Podemos identificar a acomodação tomando conta do estagiário quando ele já domina as suas atividades básicas de trabalho após 6 meses e espera a efetivação para assumir novas responsabilidades. A acomodação também está presente no profissional sênior que encontra-se no mesmo cargo por mais de 4 anos executando as mesmas atividades (independente da qualidade das entregas que ele oferece). E vemos a acomodação até no workaholic, que trabalha mais de 12 horas por dia, consome uma infinidade de horas extras, mas continua a fazer mais do mesmo.
E você, tem deixado a acomodação te dominar? Eu acredito que em vários momentos isto já deve ter acontecido, pois a acomodação é um movimento automático de todo ser humano. Nosso cérebro possui uma finalidade básica, nos proteger. E ele faz isso lidando com situações já conhecidas, de baixo risco ou de difícil previsão, ou seja, te mantendo na zona de conforto.
Faça uma reflexão neste momento: nos últimos 2 anos (ou 6 meses para quem entrou esse ano no mercado de trabalho), de 0 a 10, o quanto você acha que o mercado mudou? Perceba que apenas nos últimos meses, aqui no Brasil, enfrentamos uma mudança de governo, novidades constantes nas investigações contra a corrupção, uma taxa de desemprego que ainda cresce e até mesmo a recuperação de alguns setores devido as olimpíadas.
Agora reflita, sobre este mesmo período, de 0 a 10, o quanto sua forma de trabalhar, produzir e gerar resultados mudou? Não avalie apenas o quanto aprendeu com treinamentos ou livros que leu, mas o quanto você realmente alterou seus comportamentos e sua forma de pensar sobre o trabalho?
Ultimamente, devido a globalização e o acesso instantâneo de informações, uma percepção comum das pessoas é que a sua mudança pessoal dificilmente acompanha as mudanças externas. E se isto realmente está acontecendo, cuidado! Você pode ficar para trás e ser substituído por profissionais que se adaptam mais rapidamente (clique aqui e saiba mais sobre como a adaptação pode te ajudar na conquista do emprego).
Aproveite este momento e reflita sobre sua carreira. Você continua a fazer as mesmas coisas, ter as mesmas atitudes, se comunicar da mesma forma, criar e executar estratégias parecidas? O que você precisa fazer hoje para manter a sua taxa de mudança interna maior que a taxa de mudança externa? Deixe seu comentário abaixo e muito sucesso!
Allan Lopes
Soar Desenvolvimento Humano
Consultoria | Coaching | Psicologia