Presença junto à equipe, responsabilidade ao assumir erros e superá-los, coragem para tomar decisões, domínio técnico de sua área de atuação, comunicação clara e precisa, conhecimento de seus próprios limites, reconhecimento dos méritos dos colaboradores, etc. Poderia facilmente escrever mais 15 ou 20 competências importantes de um bom líder, mas todas elas só geram resultados quando há FLEXIBILIDADE.
Quando falamos de um líder pressupomos alguém que tenha que interagir e facilitar a geração de ótimos resultados de vários colaboradores ao mesmo tempo, sendo que cada um possui valores, formas de pensar, de ver e de se relacionar com o mundo completamente diferentes. Como isso é possível quando o líder possui estratégias de comunicação e atuação “engessadas”? Não dá, né?
A solicitação de uma simples tarefa para um colaborador já nos mostra o quão flexível o líder deve ser. Caso ele tenha um colaborador muito novo, imaturo ou inexperiente, ele deverá apresentar diretrizes muito claras de como deve ser feita a atividade pois o profissional não tem a mínima ideia de como executar e alcançar os resultados esperados. Já se a tarefa for executada por alguém experiente da equipe, o ideal é que o líder apenas delegue a atividade, informando expectativas básicas, como o prazo de entrega por exemplo.
Esta flexibilidade deve ser considerada também no formato da comunicação. Dependendo da situação ou do colaborador envolvido são necessárias condutas completamente diferentes para que o resultado seja eficiente. Em situações críticas uma comunicação mais objetiva e dura se faz necessária para que os profissionais entendam a gravidade do tema, tenham senso de urgência e atuem com agilidade para resolução do problema. Porém, conseguir ser empático caso um membro da equipe passe por uma situação pessoal delicada, também se faz necessário, onde uma comunicação suave e compreensiva é o melhor caminho.
A flexibilidade pode ser utilizada até quanto ao conteúdo da comunicação. Líderes que atuam com equipes de diferentes culturas ou países devem dominar os dialetos, termos e gírias presentes em cada região para ser melhor compreendido por seus liderados. Você prefere trabalhar com pessoas que se comunicam parecido com você ou com pessoas que se comunicam de forma completamente diferente? Todo ser humano prefere interagir com quem se parece com ele. Isto faz parte de um processo inconsciente. Por isso a flexibilidade se torna fundamental.
Porém acredito que a flexibilidade de pensamento é o ponto crucial para um líder ser reconhecido como tal. Conseguir ouvir ideias de diferentes pessoas, distante de suas próprias convicções pessoais, analisando-as de forma imparcial e sem julgamentos, para enriquecer sua tomada de decisão é o que faz de um profissional um líder. Com esta postura os membros da equipe percebem que são ouvidos, a direção da empresa entende que existe alguém que está alinhado a visão da empresa e o profissional se torna uma referência.
Por outro lado, quando o profissional se demonstra inflexível, com uma postura, conduta e raciocínio engessado, preso em suas próprias crenças e opiniões, ele não consegue aprender com as ideias oferecidas pelos outros e nem com suas próprias experiências vividas. E desta forma, o sucesso nunca chegará para este profissional, afinal ou você vive tentado estar certo ou você tem sucesso, nunca os dois. O que você prefere: ter sucesso ou estar certo? A escolha é sua…
Obs.: Cuidado para não interpretar flexibilidade como falsidade, falta de caráter ou falta de personalidade. Flexibilidade é a capacidade de se adaptar a diferentes situações para alcançar o resultado esperado, mantendo ainda suas características pessoais, valores e individualidade.
E você busca uma posição de liderança, já é um líder técnico ou lidera complexas estruturas dentro de sua empresa? Independente de sua posição você já identificou alguma situação que a falta de flexibilidade te atrapalhou na conquista de um melhor resultado? Talvez esteja na hora de desenvolver uma nova habilidade…
Allan Lopes
Soar Desenvolvimento Humano
Consultoria | Coaching | Psicologia